Anunciados Resultados de Novas Análises Exploratórias que Avaliaram a Incidência de Hipoglicemia com a Linagliptina em Adultos com Diabetes Tipo 2

 

Fonte: American Diabetes Association 73rd Scientific Sessions (2013)
Notícia publicada em: 25.10.2013
Autor: Indefinido

Observada menor incidência de hipoglicemia quando linagliptina é adicionada à insulina basal em pacientes mais velhos e com tratamento linagliptina versus glimepirida, de acordo com duas apresentações nas American Diabetes Association 73rd Scientific Sessions®.

A Boehringer Ingelheim Pharmaceuticals, Inc. e a Eli Lilly and Company (NYSE: LLY) anunciaram os resultados de duas análises exploratórias que avaliaram o risco de hipoglicemia com o tratamento linagliptina em adultos com Diabetes Tipo 2 (DM2).

Em uma análise exploratória dos dados de dois ensaios fase III, pessoas mais velhas com DM2 (média de idade 74 anos) tratadas com linagliptina como add-a um regime estável com insulina basal apresentaram tendência de 37% e 34% menor ocorrência de hipoglicemia geral (razão de probabilidade [OR] 0,63 [95% intervalo de confiança [CI]: 0,37- 1,10]) e hipoglicemia confirmada (0,66 [0,36-1,21]), respectivamente, comparadas com indivíduos tratados com placebo como add-on à insulina basal. A hipoglicemia geral incluiu todos os eventos hipoglicêmicos investigador-definidos, enquanto hipoglicemia confirmada foi definida com níveis de glicose sanguínea menor ou igual 70 mg/dL.

Em uma análise separada exploratória com dados de dois anos, de um ensaio fase III, comparou a linagliptina e a glimepirida. Um número menor de indivíduos tratados com o inibidor DPP-4 linagliptina versus a sulfoniluréia glimepirida experimentaram hipoglicemia (7,5% versus 36,1%; p < 0,0001). Depois de excluir os eventos, durante a intensificação da glimepirida (1-4 mg nas semanas 0-16), a diferença dos que relataram hipoglicemia permaneceu presente (5,9% versus 25,8%; p < 0,0001). A diferença na incidência de hipoglicemia entre a linagliptina e a glimepirida foi observada em todos os pontos de tempo testados, em todas as dosagens e independente da mudança desde a linha de base em HbA1c. A hipoglicemia nessa análise foi definida como qualquer evento hipoglicêmico investigador-relatado.

Nas Semanas 4, 8, 12, 16 e 104, a porcentagem de indivíduos que experimentaram um evento de hipoglicemia foi maior com a glimepirida versus linagliptina em cada quartil de mudança em HbA1c, desde a linha de base (todos p < 0,0001). A porcentagem de indivíduos que experimentaram hipoglicemia não aumentou com reduções maiores em HbA1c, em nenhum dos grupos. Em todos os intervalos de quatro semanas, a porcentagem de indivíduos que experimentaram um evento hipoglicêmico foi menor com linagliptina versus glimepirida.

Sobre os Estudos

Achados da primeira análise exploratória dos dados de indivíduos mais velhos com DM2 (n=247; média de idade, 74 anos; HbA1c linha de base, 8,2%) que tomaram linagliptina ou placebo adicionado à terapia com insulina basal (dose na linha de base 36 U/dia) de dois estudos fase III de 24 e > 52 semanas. A análise avaliou os ORs relativos para todos os eventos confirmados de hipoglicemia (definido como glicose sanguínea < 70 mg/dL). As doses de insulina não mudaram muito durante os ensaios.

Os achados da segunda análise baseiam-se em dados de dois anos de um estudo aleatório, duplo cego com linagliptina 5 mg qd (n=777) versus glimepirida de 1 mg a 4 mg qd (n=775) em pessoas com DM2, previamente não bem controladas com terapia com metformina. O estudo mostrou reduções comparáveis em HbA1c entre os dois tratamentos. Para a análise exploratória, o risco de hipoglicemia investigador-relatado para linagliptina foi comparado com o da glimepirida com base em dosagem, duração e redução em HbA1c. Os indivíduos foram aleatoriamente distribuídos para receber glimepirida, começando com 1 mg. Os que não atingiram um nível de glicose plasmática em jejum de 110 mg/dL, na Semana 4 e não estavam sob risco de hipoglicemia foram, subsequentemente, up-titulados passo a passo até um máximo de 4 mg qd.

A linagliptina, que é comercializada com o nome de Tradjenta®, apresentada em tabletes, dose diária de 5 mg, associada à dieta e exercícios para melhorar o controle glicêmico em adultos com Diabetes Tipo 2.

A linagliptina não deve ser usada por pacientes com Diabetes Tipo 1 ou para o tratamento de cetoacidose diabética. Em pacientes com histórico de pancreatite, não se sabe se há aumento do risco de pancreatite ao tomar linagliptina. A linagliptina é um inibidor DPP-4 que não demanda ajuste de dosagem, independente do declínio da função renal ou insuficiência hepática.