Atividades físicas evitam mais doenças metabólicas que remédios, diz estudo

Fonte: Diabetologia.- Fonte: Ciência e Saúde – Correio Braziliense postado em 02/04/2015
Notícia publicada em: 02.04.2015
Autor: Vilhena Soares

Cientistas colocaram jovens sedentários para se exercitar e constataram que as atividades físicas reduz mais o risco de diabetes que a ingestão de remédios. Os voluntários também passaram a assistir menos à tevê.

Passar horas em frente à televisão pode aumentar as chances de desenvolvimento do diabetes, indicam estudos recorrentes.

Agora, um consórcio internacional de cientistas mostra que se levantar do sofá e varrer o sedentarismo da rotina afasta mais a doença metabólica do corpo do que recorrer a medicamentos preventivos.

A pesquisa foi publicada na edição de hoje da revista especializada Diabetologia.

Segundo os autores, trata-se de mais uma constatação de que a mudança de hábitos provoca impactos indiscutíveis ao organismo humano.

Os cientistas analisaram dados de 3.234 americanos que sofriam com excesso de peso e tinham até 25 anos.

Uma parcela dos participantes do estudo foi tratada com metformina — droga comumente usada para prevenir a doença metabólica.

Outra parte passou a realizar atividades físicas.

O tempo usado em frente à tevê serviu como referencial para a condição de sedentário.

“O sedentarismo é descrito como o tempo que se passa em atividades com baixo gasto energético, como assistir à televisão, usar o computador ou ficar sentado durante viagens.

Tem sido identificado também como um potencial fator de risco para diabetes e síndrome metabólica”, destacaram os autores no texto publicado na revista científica.

Um dos resultados a que chegaram foi que o aumento de exercícios físicos reduziu mais os riscos de desenvolvimento do diabetes do que a ingestão do remédio.

“A mudança do estilo de vida resultou em números mais positivos em indivíduos com alto risco de diabetes em desenvolvimento”, destacaram os autores.

A condição dos participantes do estudos era crítica. Em média, tinham o risco aumentado em 3,4% de ter a enfermidade a cada hora dedicada à televisão.