Frutose não é só o açúcar das frutas: o que é? Faz mal à saúde? Como evitar?

Fonte: :ABC.MED.BR
Notícia publicada em: 25.03.2015
Autor: Indefinido

Nota ao leitor:

As notas a seguir são dirigidas principalmente aos leigos em medicina e têm por objetivo destacar os aspectos mais relevantes desse assunto e não visam substituir as orientações do médico, que devem ser tidas como superiores a elas. Sendo assim, elas não devem ser utilizadas para autodiagnóstico ou automedicação nem para subsidiar trabalhos que requeiram rigor científico.

O que é a frutose?

A frutose é um tipo de açúcar que está em vários produtos que consumimos: ketchup, refrigerantes, bebidas energéticas, cereais, biscoitos, bolos, sorvetes, pães etc. Muitos acreditam que ela é o açúcar das frutas. Parte disto é verdade, mas a frutose presente em alimentos processados é derivada do milho e não das frutas.

A frutose é um dos principais açúcares das frutas, alguns outros presentes em maior quantidade são a sacarose e a glicose.

Aquela frutose que vemos nos rótulos dos alimentos processados é derivada do milho: é um xarope de milho. Os produtores de alimentos processados estão adoçando muito aquilo que comemos com grandes quantidades desta frutose derivada do milho, que, por seu lado, muitas vezes é geneticamente modificado.

Quais as consequências da ingestão exagerada de frutose para a saúde?

O excesso de xarope de milho nos alimentos significa a ingestão de calorias extra e consequentemente leva a um ganho de peso indesejável. Estes quilos a mais também podem estar associados a problemas de saúdecomo aumento da pressão arterial, diabetes mellitus e síndrome metabólica.

Como faço para reduzir a ingestão de açúcar?

A melhor maneira de reduzir a ingestão de xarope de milho e outros tipos de açúcar adicionados aos alimentos industrializados é prestar atenção à embalagem dos produtos e seus rótulos com tabelas de composição dos alimentos e calorias ingeridas. Os açúcares adicionados aos alimentos aparecem nos rótulos com os nomes: xarope de milho, frutose, sacarose, glicose, adoçante de milho, levulose, mel e dextrose.

O ideal é limitar a ingestão desses ingredientes e manter o consumo de açúcar proveniente de frutas naturais. Assim, além de consumir um tipo de açúcar mais puro, você também aumenta a ingestão de fibras e antioxidantes.

As recomendações da American Heart Association para a adição de açúcar são: não mais do que 100 calorias ao dia para açúcares adicionados a alimentos, para a maioria das mulheres, e não mais do que 150 calorias por dia para a maioria dos homens.

Na prática, o que fazer para reduzir a ingestão de alimentos adocicados artificialmente?

Reduza bastante ou elimine o uso de refrigerantes.

Não compre doces enlatados em supermercados. Se você não quer ficar sem os doces, dê preferência aos doces caseiros preparados com frutas naturais e adoçados com pouca quantidade de açúcar.

Barras de cereais podem ter alto teor de xarope de milho entre os grãos. Evite o consumo deste tipo de alimento. Existem opções no mercado com baixo teor de açúcar ou mesmo isentas de adição de açúcar.

Geleias de frutas: prefira aquelas adoçadas com suco de uva concentrado.

Não exagere na ingestão de ketchup, molho para saladas industrializado, molho para churrasco, sopas empacotadas. Esses alimentos têm alto teor de açúcar adicionado.

Evite os iogurtes com frutas no fundo. O xarope de milho é usado para preparar essas “geleias de frutas” que ficam no fundo do pote. Prefira iogurtes desnatados e de baixa caloria.

Lanchonetes e restaurantes que servem lanches rápidos (os conhecidos fast-foods) geralmente servem produtos com muito açúcar e sódio, o que não é nada bom para a saúde.

Aumente a ingestão de frutas frescas.

Quando for comer chocolate, escolha os meio amargos ou amargos, com maior concentração de cacau.

Olhe sempre os rótulos dos alimentos que você coloca dentro da sua casa.