Novo arroz de digestão lenta poderá ajudar no combate a diabetes e obesidade

Novo arroz de digestão lenta poderá ajudar no combate a diabetes e obesidade

Pesquisadores na Tasmânia criaram um novo tipo de arroz que poderá ajudar a reduzir as taxas de diabetes e obesidade.

Os cientistas descobriram um modo de aumentar a produção do amido resistente no arroz, o que faz melhorar sua digestibilidade.

O Professor Steven Smith, da Universidade da Tasmânia, disse que a descoberta pode trazer inúmeros benefícios à saúde.

“Normalmente, o arroz é digerido de forma relativamente rápida, e porque a maior parte do componente do arroz é o amido, que é composto de açúcares, isto, essencialmente, lhe provoca um rápido aumento do nível de açúcar”, disse ele.

“Então, o arroz modificado contém esse tipo diferente de amido que é digerido mais lentamente e, portanto, você não obterá o mesmo pico de açúcar no sangue”.

Em combinação com uma dieta saudável, o Professor Smith disse que o arroz pode ajudar a reduzir os casos de problemas de saúde relacionados com a alimentação, como obesidade e diabetes.

Professor Smith ainda disse que este arroz tem o potencial para ajudar um grande número de pessoas nos países asiáticos onde o arroz é parte significativa de algumas dietas locais, prevendo beneficiar a um grupo de consumidores mais específico.

“Este arroz pode ser direcionado para aquelas pessoas que podem estar suscetíveis ou que estão ativamente tentando controlar sua ingestão de açúcar”, disse ele.

“Eu não vejo isso como uma adoção generalizada deste novo tipo de arroz, mas sim algo que está disponível para uso particular, para ajudar as pessoas a conter sua ingestão de açúcar”.

Mais estudos e avaliação do arroz ainda precisam ser realizados antes que ele possa ser introduzido no mercado.

“Poderíamos ver este entrar em produção dentro de alguns anos – digamos cinco anos”, disse o professor Smith.

“Eu suspeito que haverá outras questões que poderão surgir em termos de incentivos para os agricultores, sistemas de produção e assim por diante, de modo que pode demorar mais tempo”.

O estudo foi publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências da Austrália.
 
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portal : tiabeth de 23 de outubro de 2016