De acordo com um novo estudo, uma combinação de opções saudáveis de estilo de vida, como manter um peso saudável, não fumar e se exercitar regularmente, pode aumentar significativamente o número de anos que um indivíduo evita doenças.
Um estilo de vida saudável não apenas prolonga a vida; prolonga a vida livre de doenças.Em média, estamos vivendo vidas mais longas; no entanto, à medida que as pessoas envelhecem, muitas convivem com doenças como doenças cardíacas, câncer e diabetes. À medida que a vida útil se estende, aumenta também o risco de desenvolver doenças crônicas.
Os cientistas estabeleceram firmemente que os fatores do estilo de vida podem fazer uma diferença significativa no risco de doença e na duração da vida em geral. Esses fatores incluem atividade física, tabagismo, consumo de álcool, dieta e peso.
Os autores explicam que “os estudos mostraram que o tabagismo, a inatividade, a má qualidade da dieta e o consumo excessivo de álcool contribuem com até 60% das mortes prematuras e com uma perda de expectativa de vida de 7,4 a 17,9 anos”.
Embora isso seja bem conhecido, poucas pesquisas examinaram como uma combinação de fatores de estilo de vida afeta o período de tempo em que um indivíduo fica livre de doenças.
Para responder a essa pergunta, um grupo de pesquisadores coletou dados de duas fontes; primeiro, o Estudo de Saúde do Enfermeiro, que incluiu informações de 73.196 enfermeiras. Em segundo lugar, eles obtiveram acesso aos dados do Estudo de Acompanhamento dos Profissionais de Saúde, que incluiu os dados de 38.366 profissionais da saúde do sexo masculino. Eles publicaram suas descobertas no BMJ.
Estilo de Vida e Saúde ao Longo do Tempo
Os cientistas calcularam uma pontuação no estilo de vida de 0 a 5 para cada participante. Eles calcularam esse escore avaliando cinco fatores de baixo risco no estilo de vida – peso saudável, nunca fumar, exercitar-se por pelo menos 30 minutos por dia, ingestão moderada de álcool e uma dieta de boa qualidade.
Os pesquisadores acompanharam os participantes por muitos anos e registraram diagnósticos e mortes por câncer, Diabetes Tipo 2 e doenças cardiovasculares. Como parte de sua análise, os cientistas responderam por uma série de fatores, incluindo histórico médico familiar, idade e raça.
Os autores do estudo recente descobriram que mulheres com 50 anos de idade que não adotaram nenhum dos cinco fatores de estilo de vida de baixo risco podem esperar viver sem câncer, Diabetes e doenças cardíacas por mais 24 anos. No entanto, aqueles que seguiram quatro ou cinco desses fatores poderiam esperar mais 34 anos livres de doença.
Homens de 50 anos que não incorporaram nenhum dos fatores de estilo de vida de baixo risco em suas vidas poderiam esperar viver mais 24 anos livres de doenças crônicas. No entanto, aqueles cujo estilo de vida incluía quatro ou cinco fatores de baixo risco tinham cerca de 31 anos de vida livre de doença.
Homens que fumavam mais de 15 cigarros por dia e qualquer pessoa com obesidade tinham a menor quantidade de expectativa de vida livre de doença após os 50 anos. Os autores resumem:
“Observamos que a adesão a um estilo de vida de baixo risco estava associada a uma expectativa de vida mais longa aos 50 anos, livre de doenças crônicas importantes, de aproximadamente 7,6 anos em homens e 10 anos em mulheres, em comparação com participantes sem fatores de estilo de vida de baixo risco”.
Melhorando a Sobrevivência
Os cientistas também descobriram que homens e mulheres com quatro ou cinco fatores de estilo de vida de baixo risco que receberam diagnóstico de câncer, doença cardiovascular ou Diabetes Tipo 2 viveram mais do que indivíduos com os mesmos diagnósticos e sem fatores de baixo risco. Como explicam os autores:
Os autores são rápidos em observar que o estudo é observacional, portanto não é possível concluir uma relação causal. Além disso, os fatores de estilo de vida foram auto-relatados, o que, como escrevem os autores, significa que “erros de medição são inevitáveis”.
Embora os cientistas controlem uma ampla variedade de fatores, sempre há a possibilidade de que fatores não medidos possam explicar os resultados.
No entanto, os cientistas tiveram acesso a informações detalhadas de cada participante várias vezes durante um período substancial de acompanhamento;
No Geral, eles Concluem:
“Políticas públicas para melhorar a alimentação e o ambiente físico propícios à adoção de uma dieta e estilo de vida saudáveis, bem como políticas e regulamentos relevantes (por exemplo, a proibição de fumar em locais públicos ou restrições de gorduras trans) são essenciais para melhorar a expectativa de vida, especialmente a expectativa de vida livre de grandes doenças crônicas”.
Fonte: Medical News Today, 15 de janeiro de 2020.