As mulheres grávidas que fumam ou consomem cannabis são mais propensas a transmitir “efeitos adversos à saúde para seus filhos” em comparação com aquelas que não usam a droga, mostraram pesquisas mais recentes.
Cientistas da The Endocrine Society descobriram que mulheres grávidas que usam canabidiol (CBD) estão colocando seus filhos em risco de desenvolver obesidade e açúcar elevado no sangue.
O uso de tetrahidrocanabinol (THC) junto com o CBD durante a gravidez também aumenta os problemas comportamentais.
A autora principal, Drª Brianna Moore disse:
“Descobrimos que o uso de cannabis durante a gravidez estava associado ao aumento da porcentagem de massa gorda e níveis de glicose em jejum em crianças de cinco anos.”
“Nós encorajamos as mulheres a se absterem de usar cannabis durante a gravidez ou amamentação para minimizar os efeitos adversos à saúde de seus filhos”.
Durante o estudo, a equipe de acadêmicos examinou as amostras de urina de mais de 100 mulheres grávidas para avaliar se elas tinham canabinóides em seu sistema.
Eles descobriram que 15% das participantes tinham cannabis na urina enquanto estavam grávidas.
Cinco anos depois, os pesquisadores detectaram uma maior massa de gordura e níveis de glicose em jejum nas crianças que foram expostas à cannabis enquanto estavam no útero em comparação com aquelas que não foram expostas à droga.
Moore acrescentou:
“Mais estudos são necessários para entender como a exposição a diferentes canabinóides durante a gravidez pode afetar a prole”.
Pesquisas anteriores identificaram que mais de 20% das mulheres grávidas expuseram seus bebês à cannabis enquanto estavam no útero.
De acordo com o estudo, o CBD está se tornando mais popular porque foi anunciado como um benefício para a saúde, por exemplo, oferecendo alívio para ansiedade, depressão e transtorno de estresse pós-traumático. Também foi comercializado para melhorar o sono.