Comer tarde da noite faz uma “diferença significativa” em nossos níveis de fome, na maneira como queimamos calorias depois de comer e na maneira como armazenamos gordura, explica um novo estudo.
Pesquisadores do Brigham and Women’s Hospital detectaram uma ligação entre lanchar à meia-noite e sentir mais fome, não queimar muitas calorias e alterações moleculares no tecido adiposo.
“Pesquisas anteriores nossas e de outros mostraram que a alimentação tardia está associada ao aumento do risco de obesidade, aumento da gordura corporal e sucesso prejudicado na perda de peso. Queríamos entender o porquê.”
A autora Nina Vujovic disse: “Neste estudo, perguntamos: O tempo que comemos importa quando todo o resto é mantido consistente?
“Descobrimos que comer quatro horas depois faz uma diferença significativa em nossos níveis de fome, na maneira como queimamos calorias depois de comer e na maneira como armazenamos gordura”.
Um total de 16 pessoas participaram do estudo, com metade do grupo comendo as mesmas refeições mais cedo do que a outra metade dos participantes.
Cada participante relatou seus níveis de fome e apetite e tomou amostras regulares de seu sangue.
A equipe de cientistas também coletou amostras de tecido adiposo de alguns dos participantes para avaliar as diferenças entre comer cedo e tarde.
Eles descobriram que as pessoas que comiam mais tarde tinham níveis mais altos de fome e níveis reduzidos de leptina e grelina – dois hormônios reguladores do apetite que influenciam nosso desejo de comer.
Além disso, eles descobriram que os participantes que comeram mais tarde perderam menos calorias do que aqueles que comeram mais cedo.
Indivíduos comendo mais tarde também exibiram expressão gênica do tecido adiposo para aumento da adipogênese e diminuição da lipólise, relataram os resultados.
O Dr. Scheer disse:
“Este estudo mostra o impacto da alimentação tardia versus precoce. Aqui, isolamos esses efeitos controlando variáveis de confusão como ingestão calórica, atividade física , sono e exposição à luz, mas na vida real, muitos desses fatores podem ser influenciados pelo horário das refeições.
“Em estudos de maior escala, onde o controle rígido de todos esses fatores não é viável, devemos pelo menos considerar como outras variáveis comportamentais e ambientais alteram essas vias biológicas subjacentes ao risco de obesidade”.