Comunicados Médicos

Comunicados Médicos

As postagens médicas tomaram um caminho muito complicado e, ao invés de serem baseadas em Diretrizes das Sociedades Médicas, são baseadas apenas na opinião pessoal e no interesse de vender um curso para todos ou de vender suplementos autorizados.

Ser autorizado pela ANVISA não confere ao suplemento alimentar qualidades curativas ou emagrecedoras, e isto está em letras minúsculas pouco lidas. Suplemento sem necessidade é a maior moda nesses tempos e faz com que os nossos esgotos tenham imensa quantidade de vitaminas, que são excretadas pelos rins e intestinos dos consumidores graças ao trabalho fisiológico do nosso organismo, que detecta esse excesso circulante e se livra imediatamente dele.

Por isso e pela ausência de benefícios, ao invés de tomar suplementos por conta própria, consulte uma nutricionista qualificada (fica mais barato e lógico) e converse sobre real a necessidade de se tomar suplementos, vitaminas e outros produtos.

Esta semana, o Colégio Americano de Endocrinologia (ACE) divulgou uma longa diretriz sobre o uso indiscriminado de GH, o hormônio de crescimento:

“Growth Hormone Deficiency Clinical Practice Guidelines” (AACE/ACE, January 31, 2020).

Dela, selecionei duas das várias orientações:

Considere a possibilidade de deficiência de hormônio do crescimento em adultos (GHD) só em pacientes com histórico de doença hipotalâmica-hipofisária;

Nunca use a terapia de reposição de rhGH para condições relacionadas à idade ou para melhorar o desempenho atlético.

Isto é uma amostra do que está acontecendo no mundo e, principalmente, na imensa coletividade dos esportistas, onde uma quantidade enorme de médicos que têm condutas no mínimo polêmicas está prescrevendo para atletas o GH e a testosterona injetável e por gel.

Nunca se deve dar testosterona a homens com níveis normais de testosterona no sangue, assim como está contraindicado seu uso para aumentar massa muscular em academias de ginástica e de lutas, o que é considerado ato antiético e de risco à saúde pelo Conselho Federal de Medicina.

As diretrizes esclarecem que a terapia de reposição da testosterona é bastante eficaz e segura quando bem indicada, para homens com sintomas e sinais de hipogonadismo, e a dosagem dos níveis de testosterona deve estar com resultados abaixo do mínimo em duas ou três dosagens; e, o mais importante, que existam sintomas e sinais de uma doença, o hipogonadismo caracterizada pela baixa ou nenhuma produção pelos testículos de testosterona e de espermatozoides.

Fonte: Prof. Dr. Fadlo Fraige Filho, Presidente da ANAD , 06/02/2020