Corrida de rua não só diminui as chances de morte como aumenta a expectativa de vida.

Corrida de rua não só diminui as chances de morte como aumenta a expectativa de vida.

Acompanhamento especializado é essencial para aproveitar os benefícios da atividade

Fonte: portal Saúde Plena , por Carolina Cotta – Estado de Minas Publicação: 08/10/2015

Emagrece, fortalece, socializa, melhora o bem-estar e agora até promove a longevidade.

Estudo australiano publicado no Journal of the American Medical Association acompanhou mais de 200 mil adultos por seis anos para avaliar os benefícios da corrida.

Segundo os pesquisadores, a corrida de rua em ritmo moderado diminui as chances de morte em até 44% e aumenta a expectativa de vida em cerca de seis anos em homens e em cinco anos em mulheres.

Isso ocorre por causa da melhoria na absorção de oxigênio e a redução da pressão arterial, assim como melhora as funções cardíaca e respiratória. Nos corredores acompanhados pelo estudo, houve, ainda, diminuição das taxas do mau colesterol (LDL), estímulo da produção do bom colesterol (HDL), prevenção da osteoporose, diminuição da ansiedade e controle do estresse.

Mas despreparo faz mal.

O fato de a corrida de rua ser uma prática democrática, que não exige mensalidades e testes de aptidão, é também um dos motivos para abusos que transformam possíveis benefícios em problemas. Segundo o fisioterapeuta e doutor em ciência da reabilitação Rafael Duarte Silva, coordenador do curso de fisioterapia da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a principal causa de lesão em corrida é exatamente o despreparo.

“Para correr uma prova de cinco quilômetros ou 10 quilômetros, a pessoa tem que treinar essa distância algumas vezes antes”, alerta o especialista. Segundo Frederico, os treinos devem começar com quilometragens menores, que podem ser aumentadas à medida que a pessoa vai treinando. “Mas as pessoas calçam o tênis e querem sair correndo sem ter feito qualquer atividade física antes, sem qualquer aconselhamento”, condena.

Para os interessados nas corridas de rua, inclusive com o intuito de participar de provas recreativas, Rafael indica preparação.

“Não é interessante ser corredor de fim de semana. Quem quer correr no sábado ou no domingo precisa investir no treino durante a semana. Os treinos precisam ser progressivos e graduais”, alerta.

Pessoa de grupo de risco, como aquelas acima do peso, com hipertensão e/ou diabetes, ou mesmo com casos dessas doenças na família, é essencial procurar um médico antes.

Quem tiver alguma dor diagnosticada é importante procurar também um fisioterapeuta.

O aconselhamento de um nutricionista, sobre o que comer antes e depois, também pode melhorar o rendimento.

“Alterações posturais e excesso de peso são os principais impedimentos. Essas pessoas até conseguem fazer uma caminhada ou corridinha pequena, mas correr uma prova sobrecarrega”, explica.

PARQUE MUNICIPAL 


A principal área verde da região central de BH receberá a 2ª Corrida e Caminhada Ciências Médicas – MG no dia 17.

O Parque Municipal Américo Renné Giannetti será aberto a todos os amantes do esporte que poderão escolher entre caminhada (uma volta, equivalente de 1.600m), corrida de cinco quilômetros (três voltas) e corrida de 10 quilômetros (seis voltas). O percurso será demarcado a cada quilômetro e acompanhado por alunos e professores da faculdade, responsáveis por garantir o bem-estar dos atletas. Cada participante receberá um kit com sacola, camisa, toalha e squeeze. No momento da prova, todos terão acesso a um chip eletrônico que controlará o tempo e as voltas.

O evento contará ainda com tendas interdisciplinares, onde os alunos da faculdade farão atendimento ao público, como medição de dados vitais, aplicação de bandagens elásticas, alongamentos e muitas outras atividades.