Pessoas com certas variantes genéticas são mais propensas a serem diagnosticadas com diabetes tipo 1 em comparação com aquelas sem um tipo específico de gene, mostraram pesquisas mais recentes.
O estudo destacou uma associação entre diabetes tipo 1 e fatores genéticos que afetam a estrutura das células T.
O diabetes tipo 1 é causado por uma reação autoimune – quando o corpo ataca a si mesmo por engano. Essa reação destrói as células do pâncreas que produzem insulina, chamadas células beta.
Pesquisas anteriores já identificaram 60 variações genéticas ligadas ao diabetes tipo 1, mas os cientistas ainda não estão claros sobre como isso afeta a condição.
O principal autor Xiaojing Chu disse: “Para caracterizar a resposta imune do corpo no diabetes tipo 1, precisamos observar tanto a proporção de células imunes quanto sua produção de proteínas – citocinas – que estimulam o sistema imunológico.
“Em nosso estudo, exploramos como os fatores genéticos afetam as células imunes e sua produção de citocinas em pessoas com diabetes tipo 1, bem como as diferenças entre a resposta imune em pacientes e uma resposta saudável”.
Durante o estudo, acadêmicos do Radboud University Medical Center examinaram as amostras de sangue de mais de 240 pessoas com idades entre 20 e 84 anos, todas com diabetes tipo 1.
Ao avaliar as amostras, os cientistas estavam analisando geneticamente as características das células imunológicas de cada participante e os perfis de produção de citocinas para detectar elementos genéticos da funcionalidade imunológica.
Eles então compararam seus resultados com outros achados baseados em amostras de sangue de 500 adultos saudáveis.
De acordo com a pesquisa, os fatores genéticos de pessoas com diabetes tipo 1 influenciaram a composição das células T reguladoras CCR5+ muito mais do que aquelas sem a doença.
O colega acadêmico Yang Li disse:
“Nossas descobertas fornecem uma compreensão mais profunda dos mecanismos imunológicos envolvidos no desenvolvimento do diabetes tipo 1 e que afetam a resposta inflamatória geral nas pessoas.”
“Esperamos que este trabalho abra novos caminhos para o desenvolvimento de tratamentos muito necessários.”
Essas descobertas foram publicadas na revista eLife.