Incidência de Hipoglicemia com o Inibidor da DPP-4, Linagliptina, em Pacientes Diabetes Mellitus Tipo 2 Com Insuficiência Renal

 Autores:

M. von Eynatten1, U. Hehnke1, H.-J. Woerle1, M.C. Thomas2; 1Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG, Ingelheim, Germany, 2Baker IDI Heart and Diabetes Institute, Melbourne, Australia.

Fonte:

Congresso EASD 2015, em Estocolmo.

Histórico e Objetivos:

Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e insuficiência renal (IR; eGFR <60 ml/ min/1,73m 2) têm um risco significativamente aumentado de hipoglicemia. Isto pode levar à inércia terapêutica, uma relutância para intensificar a gestão e o compromisso de metas menos rigorosas para o tratamento da hiperglicemia em pacientes com IR. Neste contexto, a adição de um Inibidor da Dipeptidil Peptidase-4 (DPP) é uma alternativa potencialmente atraente. Por conseguinte, avaliamos a incidência de eventos hipoglicêmicos em estudos placebo-controlados com o Inibidor da DPP-4 linagliptina especificamente nos participantes com IR. Materiais e Métodos: Os participantes com DM2 e IR foram identificados a partir de 20 estudos clínicos randomizados controlados por placebo (duração 12-52 semanas) com linagliptina 5 mg, uma vez ao dia, como monoterapia ou adicional para outras drogas hipoglicemiantes. A incidência de eventos hipoglicêmicos gerais pre-determinados e confirmados foi determinada.

Resultados:

1155 participantes com DM2 e IR foram identificados (linagliptina, n=669; placebo, n=486). 80% dos participantes tinham eGFR entre 30 e 60 ml/min/1,73 m 2 e 20% possuíam eGFR <30 ml/min/1,73 m 2 . Em geral, os participantes com DM2 e IR tinham 66 ± 9 anos de idade, duração prolongada do Diabetes e comorbidades vasculares frequentes. 44% dos participantes eram tratados com insulina. A HbA1c na linha de base foi de 8,2% e mé- dia de exposição maior que 6 meses em ambos os grupos. Nestes participantes, a linagliptina reduziu significativamente a HbA1c versus placebo (-0,53%, 0,57% e – 0,53% em 12, 24 e 52 semanas, respectivamente; todos os p<0,0001). Embora a incidência de hipoglicemia pregressa ao estudo fosse alta (>30%), a redução dos níveis de glicose com linagliptina não foi associada com aumento em qualquer das categorias de eventos hipoglicêmicos predefinidos. A relação de risco de incidência de qualquer evento hipoglicêmico confirmado para linagliptina versus placebo foi de 0,99 (IC 95% 0,79-1,24). Hipoglicemia grave ocorreu em 1,3% de participantes linagliptina e 1,0% de participantes placebo (p=não significativo).

Conclusão:

Essas descobertas apóiam a adição de linagliptina para a melhora do controle de hiperglicemia em pacientes com DM2 e IR sem aumento do risco de hipoglicemia. n