Panteada como Fiasp, a nova insulina pode reduzir o tempo de aplicação prévia de 15 minutos para zero.
Pessoas com diagnóstico de diabetes Tipo 1, e algumas das consideradas do Tipo 2, precisam fazer aplicação de insulina, a fim de controlar o nível de glicose no sangue. Neste contexto, existem inúmeros tipos de insulina disponíveis no mercado, que se diferenciam pelo tempo que demoram para fazer efeito e, também, pelo período que ficam ativas no corpo.
A partir do entendimento do funcionamento da insulina é que, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diabético pode planejar suas refeições e demais atividades do dia.
Portanto, o tempo de ativação da glicose no sangue se torna fundamental no tratamento e controle da doença. E é neste cenário que a empresa Novo Nordisk, localizada em Montes Claros, deu início à patenteação de uma insulina ultrarrápida no Brasil.
“Como resultado, a Fiasp chega à corrente sanguínea duas vezes mais rápido que as insulinas rápidas tradicionais, e tem um melhor efeito na redução da glicemia, contribuindo para um melhor controle glicêmico em pessoas com diabetes Tipo 1 e Tipo 2.”
Priscilla Olim de Andrade Mattar, diretora médica da Novo Nordisk Brasil
Conforme elucidado pela diretora médica da Novo Nordisk Brasil, as insulinas de ação rápida, atualmente disponíveis no mercado, têm como objetivo corresponder a resposta natural à insulina de um corpo humano saudável após a refeição, para controlar o aumento dos níveis de glicemia durante a ingestão de açúcares e demais alimentos.
No entanto, Priscilla pontua que ainda há certa ineficiência neste método, justamente quanto a velocidade de ação do medicamento.
Como a insulina ultrarrápida age no organismo?
“A migração é simples, mas qualquer alteração no tratamento deve ser feita sob a supervisão rigorosa de um profissional de saúde. Assim como com todas as insulinas, recomenda-se um monitoramento cuidadoso durante essa conversão inicial e nas semanas seguintes.”
Diabetes no Brasil e no mundo
Diabetes é uma doença crônica, na qual o corpo não produz insulina, hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue, ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, obtida por meio de alimentos, como fonte de energia.
Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue, então, fica alto. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
* Estagiária sob a supervisão da editora Teresa Caram