Medo de demissão devido à crise sugere maior demanda na Saúde

Insegurança no mercado de trabalho e receio de perder benefícios como planos de saúde tendem a aumentar a demanda de pacientes em clínicas, laboratórios e hospitais.

A insegurança no mercado de trabalho e o medo de perder o emprego – e consequentemente benefícios como planos de saúde – tendem a aumentar a demanda de pacientes em clínicas, laboratórios e hospitais do país. Este aumento na demanda deverá forçar hospitais e clínicas a se estruturem ainda mais para receber os pacientes.

“Quando há uma crise como a que estamos passando, na qual os trabalhadores sentem-se inseguros quanto aos seus empregos, é natural que eles acabem usufruindo mais do benefício do plano de saúde”, afirma o arquiteto Lauro Miquelin, sócio-diretor da L+M, empresa especialista em gestão de espaços e ambientes de saúde. “Esse cenário sugere uma concentração maior de pessoas em laboratórios, clínicas e hospitais, que precisam estar preparados para esta alta na demanda, exigindo, em muitos casos, a ampliação ou melhorias de estruturas”.

Ainda que a crise force a redução em investimentos, vale lembrar que o setor da saúde costumeiramente é o último a sentir os efeitos negativos da conjuntura econômica, e é o primeiro a sair da crise.

FALTA DE ESTRUTURA

Ainda de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem um enorme gap estrutural. Mais da metade dos municípios brasileiros precisam encaminhar pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) para outras cidades para exames de ou internações por não terem estrutura minimamente adequada para estes atendimentos.

Além disso, pouco mais de 6% das cidades do país não possuem UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e, em 13% dos municípios, não há serviços de emergência 24 horas. “Observamos que falta estrutura básica ainda atinge muitas regiões. O que nos mostra que se precisa avançar neste quesito para a universalização do atendimento ao cidadão que busca tratamentos, ou até mesmo precisa fazer consultas de rotinas”, conta Lauro Miquelin.

Fonte: Noticias Portal Hospitais Brasil de 15-09-2015