A saúde dos funcionários da linha de frente do NHS está se tornando uma preocupação, pois muitos estão criticamente indisponíveis com o COVID-19 ou ficando mentalmente doentes devido às suas experiências.
Os chefes do serviço de saúde dizem que o número de profissionais de saúde gravemente enfermos com coronavírus atingiu níveis de crise.
O Dr. Chaand Nagpaul, presidente da British Medical Association (BMA) escreveu aos membros da organização.
Ele escreveu:
“Há mais de 46.000 funcionários do hospital doentes com COVID-19 acumulando pressão adicional sobre uma força de trabalho já sobrecarregada que luta para gerenciar até mesmo a demanda atual de cuidados intensivos”.
Pedindo que toda a equipe médica seja vacinada contra o vírus o mais rápido possível, em uma tentativa de manter o serviço de saúde em movimento, ele disse:
“Somente se a força de trabalho do NHS estiver em forma e bem, seremos capazes de enfrentar o inédito aumento na demanda que as próximas semanas e meses trarão, bem como a entrega do programa de vacinas que continua sendo nossa única esperança de acabar com esta pandemia terrível. ”
Enquanto isso, a saúde mental da equipe também levantou o alarme, pois a BMA também revelou que o número de médicos que procuraram ajuda psiquiátrica desde o início da pandemia dobrou.
Em declarações ao jornal Independent, o Dr. David Wrigley, líder de bem-estar e vice-presidente da BMA, disse que os médicos e enfermeiras da linha de frente estão se sentindo “fisicamente e mentalmente marcados” por causa do que foram forçados a vivenciar durante a batalha do COVID-19 e que ele acredita que eles “lutarão para voltar ao modo de vida normal” assim que a pandemia passar.
Desde novembro, um total de 371 médicos acessaram a linha de ajuda de saúde mental da BMA, o que representa um aumento de 47,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em dezembro de 2018, apenas 132 ligações foram feitas para a linha de apoio.
Enquanto isso, uma pesquisa realizada pelo King’s College London mostrou que mais de um em cada oito entrevistados (13%) de uma pesquisa de saúde mental entre profissionais de saúde pensaram em suicídio ou em se machucar nas duas semanas anteriores.
O professor líder do estudo, Neil Greenberg, disse:
“A gravidade dos sintomas que identificamos tem grande probabilidade de prejudicar a capacidade de algumas equipes de UTI de fornecer cuidados de alta qualidade, além de impactar negativamente em sua qualidade de vida”.