As pessoas que tomam vitaminas para combater o desenvolvimento de doenças cardiovasculares ou câncer estão “desperdiçando seu dinheiro”, disseram especialistas.
Em 2021, quase US$ 50 bilhões foram gastos em suplementos alimentares e vitaminas nos Estados Unidos (EUA).
O cientista Dr Jeffrey Linder disse:
“Os pacientes perguntam o tempo todo, quais suplementos devo tomar? Eles estão desperdiçando dinheiro e se concentrando pensando que deve haver um conjunto mágico de pílulas que os manterá saudáveis quando todos deveríamos seguir as práticas baseadas em evidências de alimentação saudável e exercícios”.
A nova orientação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) descreve que há poucas evidências de multivitaminas e suplementos que reduzem o risco de doença cardíaca ou câncer.
“A força-tarefa não está dizendo para não tomar multivitamínicos, mas há essa ideia de que, se fossem realmente bons para você, já saberíamos”, disse Linder.
De acordo com a força-tarefa, os suplementos de betacaroteno podem desencadear o desenvolvimento de câncer de pulmão.
Linder disse: “O mal é que, conversando com os pacientes sobre suplementos durante o tempo muito limitado em que os vemos, estamos perdendo aconselhamento sobre como realmente reduzir os riscos cardiovasculares, como por meio de exercícios ou cessação do tabagismo”.
As vitaminas extraídas de frutas e vegetais também não estão associadas a uma menor doença cardíaca e risco de câncer , disseram os pesquisadores.
Mais de 50 % dos adultos que vivem nos EUA tomam suplementos alimentares, segundo o estudo.
Especialistas disseram que esta nova orientação não se aplica a mulheres grávidas, pois as vitaminas são vitais para elas durante a gravidez.
A pesquisadora, Dra. Natalie Cameron, disse: “Mulheres grávidas devem ter em mente que essas diretrizes não se aplicam a elas.
“Certas vitaminas, como o ácido fólico, são essenciais para as mulheres grávidas apoiarem o desenvolvimento fetal saudável. A maneira mais comum de atender a essas necessidades é tomar uma vitamina pré-natal.”
Ela acrescentou: “Mais dados são necessários para entender como a suplementação vitamínica específica pode modificar o risco de resultados adversos da gravidez e complicações cardiovasculares durante a gravidez”.
Essas descobertas foram publicadas na revista JAMA .