Relatório do 25. Congresso Brasileiro Multidisciplinar em Diabetes
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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO
Publicado em: 16/12/2021 | Edição: 236 | Seção: 1 | Página: 231
Órgão: Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção Especializada à Saúde
PORTARIA CONJUNTA Nº 17, DE 1º DE OUTUBRO DE 2021
Aprova o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Retinopatia Diabética.
O SECRETÁRIO DE ATENÇÃO ESPECIALIZADA À SAÚDE e o SECRETÁRIO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E INSUMOS ESTRATÉGICOS EM SAÚDE, no uso de suas atribuições,
Considerando a necessidade de se estabelecerem os parâmetros sobre a retinopatia diabética no Brasil e diretrizes nacionais para diagnóstico, tratamento e acompanhamento dos indivíduos com esta doença;
Considerando que os protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas são resultado de consenso técnico-científico e são formulados dentro de rigorosos parâmetros de qualidade e precisão de indicação;
Considerando o Registro de Deliberação no613/2021 e o Relatório de Recomendação no618 – Maio de 2021 da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), a atualização da busca e avaliação da literatura; e
Considerando a avaliação técnica do Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde (DGITIS/SCTIE/MS), do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos (DAF/SCTIE/MS) e do Departamento de Atenção Especializada e Temática (DAET/SAES/MS), resolvem:
Art. 1º Fica aprovado o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas – Retinopatia Diabética.
Parágrafo único. O Protocolo objeto deste artigo, que contém o conceito geral da retinopatia diabética, critérios de diagnóstico, critérios de inclusão e de exclusão, tratamento e mecanismos de regulação, controle e avaliação, disponível no sítio https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/protocolos-clinicos-e-diretrizes-terapeuticas-pcdt, é de caráter nacional e deve ser utilizado pelas Secretarias de Saúde dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na regulação do acesso assistencial, autorização, registro e ressarcimento dos procedimentos correspondentes.
Art. 2º É obrigatória a cientificação do paciente, ou de seu responsável legal, dos potenciais riscos e efeitos colaterais relacionados ao uso de procedimento ou medicamento preconizados para o tratamento da retinopatia diabética.
Art. 3º Os gestores estaduais, distrital e municipais do SUS, conforme a sua competência e pactuações, deverão estruturar a rede assistencial, definir os serviços referenciais e estabelecer os fluxos para o atendimento dos indivíduos com essa doença em todas as etapas descritas no Anexo a esta Portaria, disponível no sítio citado no parágrafo único do art. 1º.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.
SERGIO YOSHIMASA OKANE
Secretário de Atenção Especializada à Saúde
HÉLIO ANGOTTI NETO
Secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde
Este conteúdo não substitui o publicado na versão certificada.
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Ofício Encaminhado ao Ministro da Saúde Pela Incorporação no SUS das Insulinas de Ação Rápida no Tratamento do Diabetes mellitus Tipo 1
São Paulo, 20 de julho de 2021.
Ofício nº 07/2021/SBD
Aos
Ilustríssimo Sr. Dr. Marcelo Queiroga, Ministro da Saúde do Brasil
Ilustríssima Sra. Dra. Sandra Barros, Diretora do Departamento de Assistência Farmacêutica
(DAF/SCTIE/MS)
Ilustríssimo Sr. Dr. Carlos Eduardo de Oliveira Lula, Presidente do CONASS
Ilustríssimo Sr. Dr. Wilames Freire Bezerra, Presidente do CONASEMS
Assunto: “Insulinas análogas de ação rápida no tratamento do DM1”
A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a Associação de Diabetes Juvenil (ADJ Diabetes Brasil), a Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (ANAD) e a Federação Nacional de Entidades de Diabetes (FENAD) expressam a opinião de suas Diretorias e Departamentos, em relação à utilização de insulinas de ação rápida por pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1). Isto se faz necessário devido à substituição da insulina asparte pela insulina glulisina, recentemente adquirida pelo Ministério da Saúde.
O grupo de insulinas análogas de ação rápida é composto pelas insulinas asparte, lispro e glulisina. Estas insulinas possuem aspectos farmacológicos semelhantes, com início de ação em 5-15 minutos, pico de ação em 1-2 horas e duração de 3-4 horas. Não há evidências que impossibilitem a transição do paciente do uso de um dos análogos de insulina de ação rápida para outro, condição que define a aquisição de uma das três insulinas de ação rápida com menor custo a cada período aquisitivo, conforme previsto no Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas de DM1 (PCDT DM1) do Ministério da Saúde.
A substituição entre as três insulinas análogas de ação rápida, no contexto brasileiro, da insulina asparte pela insulina glulisina, não implica em prejuízo do controle glicêmico quando seguidas as orientações médicas, visto a similaridade do efeito e equivalência de dose entre as insulinas que compreendem as análogas de ação rápida. Logo, recomenda-se a substituição da insulina asparte pela glulisina evitando a interrupção do tratamento, condição que pode implicar em diversos danos e riscos aos pacientes em tratamento do DM1. Ressalta-se que os pacientes com DM1 necessitam de constante monitorização da glicemia e ajustes das doses de insulina de ação rápida, idealmente, de acordo com os níveis glicêmicos e a quantidade de carboidratos ingeridos nas refeições, conforme descrito no PCDT de DM1. Estas sociedades e entidades representativas de pessoas com diabetes não recomendam a substituição da insulina análoga de ação rápida pela insulina humana regular, o que implica em aumento do risco de hipoglicemias graves e noturnas, piora do controle da glicemia pós-prandial e necessidade de ajustes de doses, sendo estes aspectos também fundamentais em garantir uma socialização do paciente.
A diferença entre as insulinas análogas de ação rápida são as indicações de uso presentes em suas bulas. Para acrescentar indicações em bulas de medicamentos há necessidade de estudos clínicos com comparadores já usados para a indicação pretendida. No Brasil, a insulina asparte tem indicação a partir de 1 ano de idade, a insulina lispro a partir de 3 anos e a insulina glulisina a partir de 4 anos. Ressaltamos que, crianças com idade inferior a 4 anos apresentam grande decaimento da glicemia após a administração de insulina de ação rápida, sendo recomendado o uso de dispositivos para administração de insulina com escala menor ou igual a 0,5 UI. Lembramos, ainda, que esta população não informa adequadamente os sintomas de hipoglicemia e, por isto, não deve ser submetida a tratamentos que impõem maior risco de hipoglicemias, dado os riscos neurológicos e de lesão cerebral permanente por eventos de hipoglicemia grave.
Em relação às gestantes, a insulina asparte é categoria de risco A, a lispro categoria B e a glulisina categoria C. Esta classificação ocorre de acordo com a existência e o desenho dos estudos clínicos apresentados para obtenção da indicação. Os estudos mais robustos apresentados são da insulina asparte, e a glulisina não possui estudos clínicos bem controlados em gestantes com DM1. Mas, os dados limitados sobre o uso da insulina glulisina por gestantes não sugerem problemas e segurança do uso desta insulina durante a gravidez. Além disso, compreende-se que o período gestacional requer controle glicêmico e acompanhamento rigorosos, dado os riscos potenciais para a gestante e o feto e, a necessidade de ajustes frequentes das doses das insulinas, principalmente, no último trimestre. O uso da insulina análoga de ação rápida é respaldado pelo potencial de maior adequação da sua farmacocinética ao perfil do metabolismo da glicose e, para o alcance das metas de controle glicêmico durante esta fase da vida da mulher com DM1. Um conhecimento consolidado é o que a insulina não atravessa a barreira placentária.
O Ministério da Saúde e as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais poderão, sob seus critérios e protocolos, fazer a aquisição, distribuição e dispensação da insulina asparte para estas duas populações que não possuem indicação em bula de glulisina (DM1 gestantes e DM1 com idade inferior a 4 anos). Neste sentido, as sociedades médicas, e de profissionais de saúde, e as entidades representativas de pessoas com diabetes recomendam que as crianças com idade inferior a 4 anos utilizem a insulina asparte, na apresentação em refil, para uso em canetas permanentes com escala de 0,5 UI.
No início do processo de dispensação da insulina glulisina, em substituição à insulina asparte, e durante o espaço de tempo para a aquisição e dispensação da insulina asparte para pacientes com DM1 gestantes e com idade inferior a 4 anos, as sociedades médicas, e de profissionais de saúde, e as entidades representativas de pessoas com diabetes recomendam que:
- todos os pacientes que estavam em uso da insulina asparte, previamente disponibilizada pelo Ministério da Saúde, passem a fazer uso da insulina glulisina, sendo considerado o termo “insulina análoga de ação rápida” para dispensação da glulisina, independentemente do nome da molécula (asparte ou glulisina) escrito nos documentos apresentados para dispensação;
- o processo de substituição da insulina asparte para a glulisina seja simplificado, informando os pacientes sobre a similaridade na ação farmacológica e a manutenção do esquema de tratamento utilizado anteriormente com a insulina asparte;
- seja mantida a flexibilização da exigência do LME para dispensação da insulina análoga de ação rápida (glulisina);
- os pacientes que não possuem indicação em bula da insulina glulisina (DM1 gestantes e crianças com idade inferior a 4 anos), possam de acordo com a anuência expressa por meio de receita médica, utilizar a insulina glulisina durante o período para disponibilização da insulina asparte para estes dois grupos de pacientes.
A SBD, SBEM, ADJ-Diabetes Brasil, ANAD e FENAD solicitam urgência na avaliação das sugestões apresentadas para a resolução dos problemas associados à dispensação da insulina glulisina para as pessoas com DM1. Com o objetivo de informar as pessoas com DM1, este documento será divulgado em nossos meios de comunicação.
Estamos disponíveis para discussões sobre o tema.
Cordialmente,
Dr. Domingos A. Malerbi
Presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD
Dra. Karla Melo
Coordenadora do Departamento de Saúde Pública, Epidemiologia, Economia da Saúde e Advocacy da SBD
Dr. César Luis Boguszewski
Presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM
Dr. Rodrigo Moreira
Vice-Presidente do Departamento de Diabetes da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – SBEM
Dr. Fernando Gerchman
Representante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) no Grupo de Trabalho de Insulinoterapia do SUS
Prof. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente da ANAD/FENAD
Dr. Gilberto Soares Casanova
Presidente da ADJ-DIABETES BRASIL
Dr. Carlos A. Rotea Jr.
Diretor de Advocacy da ADJ-DIABETES BRASIL
Referências: 1) Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Diabete melito tipo 1 [recurso eletrônico]/Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias e Inovação em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020; 2) Melo KFS, Bahia LR, Pasinato B et al. Short-acting insulin analogues versus regular human insulin on postprandial glucose and hypoglycemia in type 1 diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis. Diabetol Metab Syndr. 2019 Jan 3;11:2. doi: 10.1186/s13098-018-0397-3; 3) Bula do medicamento insulina asparte; 4) Bula do medicamento insulina lispro; 5) Bula do medicamento insulina glulisina; 6) Tamborlane, W. V.; Sikes, K. A. Insulin therapy in children and adolescents. Endocrinology and Metabolism Clinics of North America, [s. l.], v. 41, n. 1, p. 145-160, Mar. 2012; 7) Santos LL, Santos JL, Barbosa LT et al. Effectiveness of Insulin Analogs Compared with Human Insulins in Pregnant Women with Diabetes Mellitus: Systematic Review and Meta-analysis. Rev Bras Ginecol Obstet. 2019 Feb;41(2):104- 115. doi: 10.1055/s-0038-1676510; 8) Doder Z, Vanechanos D, Oster M, Landgraf W, Lin S. Insulin Glulisine in Pregnancy – Experience from Clinical Trials and Post-marketing Surveillance. Eur Endocrinol. 2015 Apr;11(1):17-20. doi: 10.17925/EE.2015.11.01.17; 9) Adam, P. A. J., Teramo, K., Raiha, N., Gitlin, D. & Schwartz,R. (1969) Diabetes 18, 409-416.
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CORONA VÍRUS – COVID-19 E DIABETES MELLITUS
Em todos os países em que a PANDEMIA se instalou as informações foram de que Diabetes, portadores de doença cardiovascular e idosos, ou pessoas que tem as três comorbidades, o que é muito comum, são mais suscetíveis em adquirir a infecção a este vírus.
Uma vez instalada a infecção pelo corona vírus a evolução e’ ruim com complicações graves que podem levar à morte. Os primeiros 10 casos de morte no Brasil quatro foram de pessoas com Diabetes.
Infelizmente esta proporção se mantém em cerca de 40% para portadores de Diabetes na mortalidade geral. Sabe-se que a morte é causada por múltiplas lesões tromboembólicas, pneumonia grave com queda importante na oxigenação, com características próprias nas imagens por tomografias, e comprometimento cardio circulatório.
Um novo estudo de pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e da Universidade de Harvard, ambos em Cambridge USA, ao lado de colegas de outras instituições, identificaram como as células são atacadas pelo SARS-CoV-2.
O estudo – cujas descobertas aparecerão em breve na revista Cell mostra duas proteínas que atuam como receptores para invadir as células hospedeiras e se replicar. Essas proteínas são a enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2) e a protease transmembranar serina 2 (TMPRSS2).
Observando as células das passagens nasais, pulmões e intestino delgado, os pesquisadores foram capazes de identificar os tipos de células nas quais o SARS-CoV-2 provavelmente “se agarra”.
Os pesquisadores descobriram que nas passagens nasais, as células secretoras de cálice” – que produzem muco – expressam RNA que lhes permite produzir tanto ACE2 quanto TMPRSS2.
No tecido pulmonar, eles se estabeleceram nos pneumócitos tipo II, que são as células que revestem os alvéolos (sacos de ar) e permitem que eles permaneçam abertos.
O resultado clínico e que vai desde leve desconforto respiratório até formas graves da insuficiente oxigenação necessitando respiradores, que tanto faltam em todo o sistema de saúde.
Concomitante ao quadro pulmonar ,ocorrem uma tempestade de citoquinas inflamatórias , com aumento expressivo de biomarcadores com a Interleucina 6 IL6, proteína C reativa PCR, ferritina, D-dímero, aumento do fibrinogênio e da coagulação intravascular ocasionando tromboembolismo.
A resposta diminuída do sistema imunológico já conhecida nos diabéticos agora agravada pela infecção e lesão direta do pâncreas pelo vírus, dispara a hiperglicemia para complicar mais ainda o estado geral.
Outra discussão importante é que o COVID-19 tem alta afinidade pela ECA 2, enzima conversora de angiotensina 2 que foi demonstrado ser o receptor de entrada do vírus.
Esta enzima está presente nos rins, coração, pulmões e em maior nível no tecido adiposo, possivelmente uma das causas de maior mortalidade nos obesos (?).
Aqui fica a grande dúvida, pois a maioria dos pacientes com as três maiores causas de mortalidade, usam os hipotensores iECA inibidores da enzima conversora de angiotensina (Enalapril e similares), bem como os BRA bloqueadores do receptor da angiotensina (losartana e similares), que aumentam a expressão da ECA2, que poderiam aumentar a suscetibilidade da entrada do Covid-19 e a sua propagação?
Estes achados ainda não comprovados fizeram com que as maiores entidades no assunto se manifestassem contra a parada destes medicamentos ou sua substituição.
Muitas pesquisas estão em andamento para desvendar como o inimigo, que veio da China, se comporta e muitos medicamentos em estudos controlados, randomizados estão em ritmo acelerado, bem como o desenvolvimento de vacinas.
Até que não tenhamos esta proteção, o melhor remédio é o isolamento para evitar a contaminação individual e a propagação.
Daí vem o “FIQUE EM CASA”.
NA ESPERANÇA DE SUPERARMOS ESTA CRISE DA HUMANIDADE, QUEM SABE OS HUMANOS, OS ÚNICOS QUE SÃO ATACADOS, POSSAM RESPEITAR O PLANETA E AOS SEUS SEMELHANTES.
Referências Bibliográficas: COVID-19 AND DIABETES: KNOW LEDGE IN PROGRESS. Akhtar Hussain, al Diabetes Research and Clinical Practice Elsevier, 162 (2020) i08142 Risk of COVID-19 for patients with obesity. Obesity Reviews 2020, 1-2. wileyonline library.com/journal/obr Diabetes is a risk factor for the progression and prognosis of COVID-19. Diabetes Metab Res Rev. 2020; e3319 https://do.org/10.1002/dmrr:3319
Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente ANAD – FENAD
Profº. Titular Endocrinologia FMABC
Member IDF Task Force Insulin
Presidente Eleito SACA (2021-2022)
Posicionamento ANAD/FENAD Sobre Sucralose
Considerando as controvérsias lançadas por artigo da UNICAMP sobre a sucralose, que quando aquecida liberaria substancias potencialmente toxicas denominadas HAPs (hidro carbonetos aromáticos policíclicos), segue aqui manifestação sobre o assunto.
Os HAPs são substâncias potencialmente tóxicas que estariam possivelmente envolvidas em carcinogênese e mutações.
Existem fontes desses HAPs em nosso ambiente provocados por processos químicos, poluição ambiental, queima de madeiras, defumações, torrefação de alimentos e em plásticos de embalagens.
O estudo da Unicamp utilizou a sucralose em forma diferente do uso comum diário. Além disso, a quantidade utilizada na pesquisa foi muito maior do que a média do consumo diário. Precisamos ter cuidado nas pesquisas e nas comunicações, uma vez que, até o mais puro e necessário ingrediente à vida, que é a água, se ingerida em quantidade excessiva é prejudicial, levando a sérios problemas, inclusive à morte. Outro exemplo é a medicação mais conhecida no mundo (a aspirina) que apesar de seus benefícios terapêuticos, pode causar graves lesões pela inadequação de seu uso.
O acesso ao site http://www.fda.gov/Food/default.htm em 25/11/2016 nos dá a seguinte informação:
A sucralose é um edulcorante de uso geral para uma grande variedade de alimentos.
É ESTÁVEL AO CALOR, o que significa que permanece doce mesmo quando submetido a altas temperaturas durante o cozimento, tornando-o adequado como substituto do açúcar em alimentos assados.
“Para determinar a segurança da sucralose, a FDA fez uma avaliação de dados de mais de 110 estudos em humanos e animais. Muitos dos estudos foram desenhados para identificar possíveis efeitos tóxicos, incluindo efeitos cancerígenos, reprodutivos e neurológios. Esses efeitos não foram encontrados, e a aprovação da FDA é baseada na descoberta de que o uso da sucralose é seguro para consumo humano”.
FDA Discussão Papel T98-16.
“Os adoçantes de baixas calorias, nos Estados Unidos, foram submetidos a testes extensos antes de ser aprovados. Os resultados mostram que os adoçantes de baixas calorias são seguros para todos, incluindo crianças e mulheres grávidas. Sucralose é o mais novo adoçante com baixas calorias no mercado. Sucralose não é afetado pelo calor e mantém a sua doçura em bebidas quentes, pães e alimentos processados”.
American Diabetes Association.
A International Sweeteners Association publica em 27/09/2016:
“Asucralose é segura e não causa câncer: Nova revisão da evidência científica é consistente com a decisão regulatória”. Uma nova sistemática revisão publicada em Setembro de 2016 por Berry* e colaboradores na revista “Nutrition and Cancer”, mostrou todas as evidências disponíveis e estudos testando a segurança e a cancerogenicidade da sucralose e confirmou que este adoçante é seguro para o consumo e não causa câncer, mesmo que exposto a níveis de diferentes ordens de magnitude, maiores do que os níveis de ingestão diária.
Revisando a literatura científica nesta área, através de pesquisas sistemáticas de estudos disponíveis, tanto os pesquisadores independentes quanto os contratados pela indústria, chegam à conclusão que:
– Não há evidencias de preocupações químicas ou toxicidade.
– Em nenhum metabólito da sucralose foi encontrado cancerogenicidade.
– Não houve trocas genéticas observadas que pudessem indicar causa/efeito de câncer.
– Em doses 1000 vezes maiores do que a ingestão diária máxima, os estudos de toxicidade e cancerogenicidade mostraram que “não existe evidência potencial na sucralose”.
Maiores informações acesse o site oficial – Nutrition and Cancer: An International Journal.
A cada lançamento de sucesso, tanto da indústria farmacêutica como alimentícia, surgem contestações que por muitas vezes tentam usar a ciência na disputa econômica de mercado de consumo.
Os adoçantes, sem dúvida, e principalmente a sucralose, vieram ocupar um importante lugar na substituição do açúcar, auxiliando em muitas doenças, em especial Diabetes e Obesidade que são males epidêmicos de nossos tempos. Autoridades americanas e inglesas, reconhecendo os malefícios dos alimentos com açúcar, fizeram alertas importantes e “declararam guerra contra o açúcar” e aumentaram os impostos dos alimentos que o contém. O mundo está ficando “gordo” e, portanto, algo tem que ser feito. A substituição do açúcar pelos adoçantes é uma medida que deve ser incentivada, juntamente com o combate ao sedentarismo.
Lembramos ainda que a quantidade utilizada ao dia deve respeitar a dose indicada pelo FDA.
Atenciosamente,
Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente ANAD – FENAD
Profº. Titular Endocrinologia FMABC
Member IDF Task Force Insulin
DOSSIÊ PARA SOLICITAÇÃO DA INCORPORAÇÃO DE INSULINAS ANÁLOGAS DE AÇÃO RÁPIDA, NO TRATAMENTO DE INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO I NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO
Prezados Leitores,
Ao longo de 12 anos temos trazido aos nossos leitores, informações atuais dos grandes Congressos Internacionais, ADA® – American Diabetes Association , EASD – European Association for the Study of Diabetes e IDF – International Diabetes Federation entre outros.
Também trazemos informes dos lançamentos e as novidades que surgem continuamente durante o ano, selecionando e compilando todas estas informações para os nossos queridos leitores, em seis edições anuais, impressas.
Acompanhando a evolução e avanço da informática no mundo atual, onde quase tudo passa a ser digital, que leva a uma maior divulgação.
Também por uma posição ecologicamente correta, de economia de papel em preservação de nossas florestas e em defesa do meio ambiente, passamos a editar nossa revista por meio digital.
Não só esta tendência, mas também a crise econômica que assola o país, resultante da má administração e da corrupção “nunca antes vista na história da civilização”, nos levou, como a todos os brasileiros, a repensar nossos gastos e a adotar medidas mais austeras.
Assim sendo, os assinantes anuais receberão um link para as edições digitais e as edições atrasadas continuarão à disposição gratuitamente no nosso site.
De acordo com as possibilidades e necessidades continuaremos a produzir edições impressas.
E assim nossa revista Diabetes Clínicas vai de encontro ao futuro, neste formato moderno que os novos tempos impõe.
Com nossos agradecimentos, enviamos abraços a todos.
Atenciosamente,
Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente ANAD – FENAD
Profº. Titular Endocrinologia FMABC
Member IDF Task Force Insulin
A Guerra Contra o Açúcar
As declarações do primeiro ministro britânico David Cameron sobre a “Crise de Obesidade” na Inglaterra, chama a atenção do problema que já foi advertido pela OMS Organização Mundial de Saúde:
A existência de duas epidemias gêmeas no mundo: Obesidade e Diabetes.
O problema principalmente do D.M e suas consequências levou a ONU Organização das Nações Unidas a fazer uma advertência a todos os países, para que façam programas de atenção e prevenção ao D.M e obesidade tendo em vista os altos custos sociais e econômicos aos seus sistemas de saúde.
Estes sistemas de saúde oficiais, quer através de Ministério da Saúde ou dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH nos Estados Unidos e Inglaterra) tem tentado conter essas epidemias através de medidas educativas e mudança de hábitos alimentares, porém com poucos resultados. David Cameron embora reconheça que existam os meios educativos e outros, enfatiza que poderá impor aumento de impostos até 50% em alimentos com açúcar, a fim de inibir o consumo desses alimentos e bebidas açucaradas. Observa ainda, que não apenas a obesidade, mas também as suas consequências como doenças do coração, câncer e Diabetes vem deteriorando as finanças do NIH. Seria esta a solução?
A sobretaxa nestes produtos inibiria seu consumo? Acho que o problema é mais complexo do que se pode superficialmente analisar.
Estudos mostram nos Estados Unidos que o consumo de açúcar e carboidratos está ligado não só a hábitos errôneos de alimentação, mas também pelo fato de que em toda parte do mundo, esses alimentos são mais baratos, há maior facilidade de acesso e menor necessidade de cuidados na conservação, fazendo desses alimentos os preferenciais das camadas menos favorecidas social e economicamente.
Uma das medidas seria a atuação dos governos junto às indústrias alimentícias na correção dos excessos de açúcar e carboidratos. Transportando a experiência do tabagismo, coibir a propaganda maciça na mídia, que atinge principalmente as crianças. O governo americano também dispara contra o açú- car através da publicação do “Guia de Diretrizes Alimentares para Americanos 2015-2020”.
O documento tenta influenciar a indústria alimentícia e consumidores a tomar decisões sobre sua dieta. Uma das recomendações é de que o consumo do açúcar em qualquer alimento não deva ultrapassar 10% das calorias diárias, e a mesma recomendação percentual com relação à ingestão de gordura saturada: Carnes gordas, queijos e gordura do leite, além de não mais que 1,5g de sal.
Você leitor e profissional, calcula o valor calórico total de sua dieta? Sabe quantas gramas de sal ingere por dia?
O fato real é que nos países mais desenvolvidos ocorrem a obesidade e o Diabetes em decorrência dos maus hábitos e excessos alimentares. Há de se considerar que o avanço tecnológico também traz o sedentarismo que contribui para o surgimento das doenças epidêmicas.
Para o Diabetes continuamos a nossa guerra contra o açúcar que fornece o principal combustível que alimenta o desencadear e descontrole do Diabetes mellitus.
Apesar da permissividade de parte dos nutricionistas, somos frontalmente contra o nosso inimigo número 1 – o açúcar, para os portadores de Diabetes.
Atenciosamente,
Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente ANAD – FENAD
Titular Endocrinologista Fac. Med. FMABC
Member IDF Task Force Insulin
Cresce a Conscientização em Diabetes
Desde a instituição do 1º Dia Mundial do Diabetes em 1997, cujos objetivos visavam a divulgação da doença para a conscientização das pessoas com Diabetes, autoridades, gestores de saúde e imprensa, temos observado que, ano a ano crescem as ações nesse sentido.
A luz azul e o círculo azul adotados como símbolo da união pelo Diabetes se espalham pelo mundo na demonstração do apoio à causa e do desafio que é o Diabetes e suas complicações.
Fomos pioneiros nessa iniciativa levando para a população do ABC-SP as primeiras campanhas de Diabetes já em 1984.
Esta investigação foi muito importante, uma vez que à época se falava em 3% da população com Diabetes e nestas campanhas revelou-se um percentual de 6,8%. Alertados por esses números foi feita a primeira e mais importante pesquisa de prevalência no Brasil, lideradas por Dr. Domingos Malerbi e Dr. Laércio Joel Franco, onde foi mostrado o percentual de 7,6% da população brasileira com Diabetes em 1988/1989.
A Anad vem realizando estas ações anualmente com uma campanha desde quando lá iniciamos como presidente. Ao assumirmos a presidência e reorganizamos a FENAD, levamos esta ideia para o Brasil, estimulando as Secretarias de Saúde e as Associações a realizar ações pelo Dia Mundial do Diabetes, desde então sob a chancela da IDF.
A introdução do glicosímetro no Brasil, mais a divulgação da idéia da conscientização e da necessidade de diagnóstico precoce, se espalhou de tal forma que entidades não médicas como clubes de serviços, administradoras de rodovias e outros, começaram a participar deste movimento para averiguar a glicemia da população.
A FENAD continua coordenando a Campanha em todo o Brasil, enviando a estratégia de atuação e modelo de todo o material gráfico a todos os participantes.
As realizações das entidades são extremamente gratificantes, pois as sementes lançadas frutificam envolvendo profissionais de saúde, universidades, gestores de saúde, imprensa e apoiadores em prol de uma única causa: O Diabetes.
A Anad, temos que lembrar, realiza a mais completa campanha pelo Diabetes com avaliações para preven- ção e tratamento de todas as complicações do Diabetes, atendendo anualmente a um número recorde de pacientes.
Vivenciamos exemplos desses frutos ao ser convidados a participar de campanhas nos municípios de Janaúba -MG e Itabuna-BA, que aderiram à Campanha Nacional da FENAD.
Em Janaúba-MG houve uma mobilização liderada pelo Secretário de Saúde da Cidade, que promoveu ações no município com glicemia capilar, avaliação de pés, de olhos e orientação. Na Câmara Municipal, com a presença do prefeito e secretário da saúde, lideranças universitárias da área de saúde e dos clubes de serviços como Rotary e Lions, tive a oportunidade de realizar palestra sobre a importância e o impacto do Diabetes.
Em Itabuna a união da ADISTA (Associação dos Diabéticos de Itabúna) dirigida pela Dra. Marluce Leão, com o Hospital dos Olhos deu um exemplo de ação completa com ampla divulgação na imprensa, luz azul em toda a cidade e apoio da TV Record regional que mostrava na TV as casas que se iluminavam de azul, divulgando o evento, chamando a população, cobrindo o evento ao vivo e apresentando shows com cantores regionais. O Mutirão teve o apoio irrestrito da prefeitura, com participação ativa do secretário de saúde e do Hospital de Olhos Beira Rio, dirigido pelo Dr. Rafael de Andrade, grande organizador desta ação que se repete já há onze anos. Dr. Rafael abriu seu hospital para avaliações das complicações do Diabetes, em especial retinopatia e catarata e aplicação de laser. O exemplo dado por Itabuna, fartamente documentado em fotos e vídeos será apresentado no Congresso IDF em Vancover, como exemplo de ações de sucesso pelo Dia Mundial de Diabetes.
Sentimo-nos gratificados pelas realizações ocorridas pelas orientações emanadas pela FENAD.
DEVER CUMPRIDO!
Atenciosamente,
Profº. Dr. Fadlo Fraige Filho
Presidente ANAD – FENAD
Titular Endocrinologista Fac. Med. FMABC
Member IDF Task Force Insulin
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